Foi aquele abraço...
No pico da saudade,
Com odores de canas e penedos,
Em corpos quentes entrelaçados,
Com cabelos na boca, por faces fundidas,
Onde o tempo voltou e parou
Sentem-se batidas cardíacas
E vapores de bocas caladas
Onde o tempo, no vento, esvoaçou...
Há memórias de afectos reprimidos
Reconhecidos, sentidos, amordaçados.
E foste quem eu sabia...
Soubeste quem tinhas sido...
E por entre os odores das canas e penedos
O casario abraçou-nos
Num abraço de caliça e pétalas caídas.
E a saudade fez-se presente
E o presente tornou-se entrelaço,
De laços e mãos suadas de espuma
Salgada, dolente, dormente...
E viajamos...
sábado, 3 de fevereiro de 2018
(70) Abraço...entrelaço...
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