terça-feira, 23 de março de 2010

(5) Despedida...

Acordei esta manhã
Sentindo a cama fria de lágrimas;
Gostaria de poder dizer-te,
“A culpa é tua...”
Mas na minha frustração
Sinto-me culpado ainda mais.
Estou só !...
Que vou dizer-te ?
Não bastarão as minhas lágrimas a confessá-lo ?
Gostaria de poder dizer-te,
“Adoro-te...”
Mas perco-me no meio das palavras,
E tenho medo.

Escuta o que diz o meu olhar,
Tenta penetrar o meu silêncio
E o que ele te grita a todo o tempo,
Mas não esqueças as palavras que eu te digo.

Alguém me chama dentro de mim...
O melhor é partir
Levando comigo apenas o sonho que tu sabes...
Mas não te esqueças,
“Os velhos amores nunca morrem!
Apenas se vão apagando na saudade
E na saudade acabam por voltar !”

Quando abrir as veias vou gritar um sonho :
“Quero viver” !!
O preço da vida é sempre difícil
Quando temos de morrer sozinhos
E por cada sonho apagado, é mais um grito que nos foge.
Terá alma a amizade ?
Saberá dos que vivem e morrem sózinhos,
De mãos estendidas,
Como que esperando ainda uma palavra que nunca ouviram ?

Eu só queria dizer-te Adeus.
Desculpa !...
Eu sei que pedi demais á tua amizade,
Mas dei-te tudo...
E agora,
Não tenho ninguém na vida a quem me dar.

Adeus !...
No fundo o problema é que :

“Os amores não podem encontrar-se
Como pontes sobre águas agitadas...”

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