"Mais uma noite e mais um gin, e mais uma vez, sob a luz do luar, e o encanto das estrelas, tentava escrever sobre a estrela mais bonita que já conhecera. Mas dessa vez era diferente, sentia que precisava escrever sobre esse sentimento que não se ia embora, não importava o que fazia, não importava quanto tempo passara, não importava o que acontecia, e já não sabia mais o que fazer, já não sabia mais como reagir aquele sentimento, que deveria ter-se sumido, ter-se extinguido, desaparecido.
Já tentara de tudo, tentara conhecer e relacionar-se com outras pessoas, mas por algum motivo não adiantara nada, o seu coração sempre voltava para ela e sentia que não conseguia mais viver sem o seu brilho para iluminar as suas noites mais escuras. De alguma forma, sentia que não sabia mais viver sem a ter, mesmo convencendo-se que o tempo passou, e mesmo sabendo que mudara muito, e provavelmente ela também. Por mais estranho que pareça, confortava-o saber que quem era agora nunca daria certo com ela naquela época, e provavelmente, com ela nessa época também não, e já se convencera disso, sabia isso. Então porquê? Porque não saía ela da sua mente? Porque não saía ela do seu coração? Porque não conseguia deixar de vê-la como a sua lua dourada? Porque parecia que nada fazia sentido sem ela? Às vezes a sua vontade era de simplesmente dizer dane-se para qualquer coisa e enviar-lhe este texto patético, mas sabia que não faria sentido, sabia que isso só o machucaria mais...
O frio da madrugada e a sensação fúnebre do sabor amargo do gin dançando no seu estômago eram as únicas coisas que aliviavam aquele sentimento sufocante, o silêncio da noite e o vazio nas ruas reflectiam o seu coração. Será que um dia ela irá voltar, nem que seja para perguntar como ele está? É melhor não, isso só alimentaria mais esse sentimento, que ele sabia que só o tempo podia curar. Mas quanto tempo mais será que vai precisar? Quanto tempo mais será que ele aguentará?
O frio da madrugada e a sensação fúnebre do sabor amargo do gin dançando no seu estômago eram as únicas coisas que aliviavam aquele sentimento sufocante, o silêncio da noite e o vazio nas ruas reflectiam o seu coração. Será que um dia ela irá voltar, nem que seja para perguntar como ele está? É melhor não, isso só alimentaria mais esse sentimento, que ele sabia que só o tempo podia curar. Mas quanto tempo mais será que vai precisar? Quanto tempo mais será que ele aguentará?
Continuava a acreditar e ia esperar...no canto de sempre...
Sorriu…a sensação de uma lágrima fria escorrendo pela face quente até ao canto da boca, misturava-se com o sabor amargo de mais um trago de gin…
Limpou a face com as costas da mão, colocou o copo no chão da varanda. Levantou os olhos para as estrelas e respirou com dificuldade…
No escuro, uma luz ténue fez-se notar e simultaneamente o toque conhecido do telemóvel. Olhou de soslaio, no ecrã apenas duas letras: “NI”. Era ela…
Sem comentários:
Enviar um comentário