“Hoje, sentia-se cansado...a sua vida assemelhava-se ás ondas do mar...um ritual de bater na praia num movimento sem fim. Pensou em todas as coisas que o rodeavam, onde vivia, onde dormia e fazia um esforço para comparar tudo o que tinha, com aqueles que nada possuem. Momentaneamente, com tranquilidade e sem nenhuma pressa, reflectiu sobre os seus valores. Talvez por não reconhecer o devido valor naquilo que já possuía, sentia uma angústia causada pela distância daquilo que desejava, pois tinha a impressão de que o que desejava era o que faltava para curar aquilo que o deixava vazio e sem razão. Olhou-a de frente. Os olhos dela pareciam tentar ler nos lábios dele o seu raciocínio.
- Ás vezes penso como é bom não me privar de certas coisas; como é bom estar vivo, e como é bom viver; como é bom estar aqui do teu lado...mesmo sentindo-me diminuído e constrangido com as pressões que a sociedade impõe.
Pela primeira vez, ela não lhe passara a mão pela cabeça, num gesto de assentimento e cumplicidade. Sabia que não o poderia fazer, sob pena de estar a perpetuar a sua apatia...
- Será que não é tempo de remares contra a maré? De fazeres uma reflexão como forma de identificares o teu campo de batalha, para poderes efectuar um bom combate?...
Hoje, sentia-se cansado...e estas palavras duras aglutinavam tudo o que ele próprio sentia. Ela, sem vacilar e quase sem respirar, atirava forte :
- Pensa nos pássaros incansáveis na construção do seu ninho, lutando incessantemente para dignificar a sua própria obra. O teu valor é inquestionável, mas está na hora de o colocares á prova... Não vivas de lembranças, pois quem se insere no passado esquece-se de viver o presente.
A brisa da noite soprava branda e quente. Tudo o que ela lhe dissera era difícil de digerir...queria construir monumentos e estátuas...a obra da sua vida... a estrutura simples...mas de facto ainda fizera muito pouco. Ela tinha razão.
Caminharam silenciosos...sentaram-se lado a lado no restaurante e saborearam o jantar...com um brinde silencioso, mas cúmplice, de um aromatizado rosé....hoje, sentia-se tão cansado”
- Ás vezes penso como é bom não me privar de certas coisas; como é bom estar vivo, e como é bom viver; como é bom estar aqui do teu lado...mesmo sentindo-me diminuído e constrangido com as pressões que a sociedade impõe.
Pela primeira vez, ela não lhe passara a mão pela cabeça, num gesto de assentimento e cumplicidade. Sabia que não o poderia fazer, sob pena de estar a perpetuar a sua apatia...
- Será que não é tempo de remares contra a maré? De fazeres uma reflexão como forma de identificares o teu campo de batalha, para poderes efectuar um bom combate?...
Hoje, sentia-se cansado...e estas palavras duras aglutinavam tudo o que ele próprio sentia. Ela, sem vacilar e quase sem respirar, atirava forte :
- Pensa nos pássaros incansáveis na construção do seu ninho, lutando incessantemente para dignificar a sua própria obra. O teu valor é inquestionável, mas está na hora de o colocares á prova... Não vivas de lembranças, pois quem se insere no passado esquece-se de viver o presente.
A brisa da noite soprava branda e quente. Tudo o que ela lhe dissera era difícil de digerir...queria construir monumentos e estátuas...a obra da sua vida... a estrutura simples...mas de facto ainda fizera muito pouco. Ela tinha razão.
Caminharam silenciosos...sentaram-se lado a lado no restaurante e saborearam o jantar...com um brinde silencioso, mas cúmplice, de um aromatizado rosé....hoje, sentia-se tão cansado”
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